COLUNA
PANAPANÁ
Por Otávio Zani
Panapaná foi acolhido pelo Desestrutura a partir de seu intuito de divulgar jovens artistas plásticos que possuam trabalhos que de algum modo dialoguem com a noção de espaço, arquitetura e com a ideia de cidade. O objetivo é mostrar a importância da arte nesse sentido. Como bem sabemos, a noção de cidade, por exemplo, poucas vezes em sua história foi pensada através de um olhar mais poético pelas áreas do conhecimento que tradicionalmente são encarregadas para tal propósito. Quem faz isso são os artistas. Por isso, Panapaná é o espaço em que a arte tem vez e tem voz. Acreditando que olhares mais poéticos para o cotidiano possa ser uma boa alternativa ao estado atual das coisas, Panapaná cria essa brecha através principalmente da imagem para que o leitor entre em contato com esses artistas. E em um contexto em que a imagem é, por sua vez, banalizada e difundida em excesso, aqui no Panapaná a imagem será a protagonista de modo que o leitor aproveite cada pixel, cada fragmento RGB e se conecte com o trabalho artístico em sua plenitude.
Otávio Zani
MINI BIO:
Otávio Zani é artista plástico, ilustrador e educador. Possui grande intimidade com a linguagem gráfica por meio de sua obra. A partir da relação entre gravura, monotipia e desenho, desenvolve uma investigação afetiva da memória.
Tendo integrado os coletivos Ateliê Espaço Coringa, de 2005 a 2008, e Casa de Tijolo, entre 2011 e 2012, já participou de exposições no Brasil e no exterior, como a exposição Superposer, no Atelier Press Papier (Canadá), durante residência artística, e Travesía, na Casa Simon Bolívar (Cuba), em 2010.
Com formação em Ciências Sociais pela USP, Otávio possui diversas experiências em projetos artístico-pedagógicos, incluindo participação na equipe de coordenação do Educativo da 30ª Bienal de São Paulo e lecionando cursos no Instituto Tomie Ohtake e SESC.
Atualmente, produz seu trabalho no Ateliê Fidalga em São Paulo, faz ilustrações e se dedica a projetos na área cultural
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